Ontem, aniversário (ou seria hoje - dia da mentira?) da dita revolução de 1964, o colunista Clóvis Rossi da Folha de S. Paulo, publicou em seu blog no site da Folha, uma pesquisa realizada pela suspeita revista inglesa The Economist que tinha como pauta o nível de democracia medido pela 'unidade de inteligência' da revista, em mais de 160 países, conforme apontou o próprio post de Clóvis Rossi.
O Brasil, claro, não obteve uma boa colocação em torno daquilo o que os ingleses entendem por democracia e, óbvio, um prato cheio de oportunidades infalíveis para colunistas manifestarem suas posições sobre o tema.
De acordo com o estudo da Economist - à qual sugeriu a demissão do ministro Guido Mantega -, o Brasil ocupa o 44º lugar no ranking das maiores democracias do mundo, empatando com o país natal do falecido papa Wojtyla, a Polônia -, classificado-o como 'democracia falha'. Um nível abaixo de outro, considerado superior pela pesquisa como, 'democracia plena'. Existe ainda o 'regime híbrido', abaixo do qual pertence o Brasil e o último nível tido, segundo a pesquisa da revista como 'autoritários'.
Pelas definições de democracia da pesquisa efetuada pela Unidade de Inteligência da Economist (EIU - em sua sigla em inglês) a classificação do Brasil como 'democracia falha', se dá por conta da baixa participação popular na política e ainda em torno de uma formação cultural política incipiente.
Quanto às razões que poderiam apontar para as causas que levam o Brasil a ficar atrás de países como Cabo Verde - como mencionado por Clóvis Rossi em que diz não concordar com o ranking em sua coluna na Folha -, não são citadas por sua coluna.
Contudo em se tratando do histórico democrático do País, podemos antever literalmente que realmente houve falhas em torno desse histórico. Principalmente na preocupação exagerada da mídia em torno da busca por uma neutralização ideológica, que contaminou as escolas e que atendia e ainda hoje atende convenientemente a interesses tanto políticos quanto econômicos, tendo em vista que o despertar de uma cultura política no ambiente didático estudantil poderia incomodar tanto políticos quanto os futuros patrões de crianças e jovens em idade escolar. Daí podemos então ter uma pequena pincelada sobre as razões para uma inculturação política moldada segundo os interesses da classe dominante do País que por sua vez afeta na percepção democrática do Brasil.
Não adianta portanto que colunistas 'cheios de razão', primem pela reivindicação do direito áureo de manifestarem sua indignação quanto às causas para a debilidade de nossa democracia. Vindo da Folha de S. Paulo então, chega a ter um viés asqueroso, dada à participação que é atribuída ao referido jornal durante a ditadura militar. Há relatos de que o jornal chegou ao ponto de emprestar carros de reportagem para torturadores do regime.
Ainda hoje mais do nunca, a imprensa de modo geral, procura por meio de matérias jornalísticas ou mesmo artigos providos dentre os mais conceituados formadores de opinião dos quais possui - onde se tem como pano de fundo, a corrupção -, em que procura estigmatizar a política, afastando as pessoas dela. Muita gente movida pela opinião desses veículos de imprensa, acredita que mantendo distância das discussões políticas, estariam assim preservando suas reputações de serem manchadas com algo tão 'impuro' quanto a política. Alienando-se consideram que assim podem ter a legitimidade de criticarem aqueles que se contaminaram com ela, mesmo que com isso venham a cometer o 'pecado da omissão'.
Contudo a infalibilidade católica também reivindicada pela imprensa a impede de reconhecer qualquer responsabilidade quanto ao desgaste ou imaturidade de nossa democracia. Mesmo tendo a maior parte dela, participado direta ou indiretamente com contribuições dadas aqui ou ali, ao regime discricionário vigente entre 1964 e 1985 no Brasil. Afinal um artigo sobre democracia publicado num 31 de março, remete a tentativas frágeis e infelizes da busca da eterna isenção de culpa, que por ventura esses veículos de imprensa venham a ter.
De acordo com o estudo da Economist - à qual sugeriu a demissão do ministro Guido Mantega -, o Brasil ocupa o 44º lugar no ranking das maiores democracias do mundo, empatando com o país natal do falecido papa Wojtyla, a Polônia -, classificado-o como 'democracia falha'. Um nível abaixo de outro, considerado superior pela pesquisa como, 'democracia plena'. Existe ainda o 'regime híbrido', abaixo do qual pertence o Brasil e o último nível tido, segundo a pesquisa da revista como 'autoritários'.
Pelas definições de democracia da pesquisa efetuada pela Unidade de Inteligência da Economist (EIU - em sua sigla em inglês) a classificação do Brasil como 'democracia falha', se dá por conta da baixa participação popular na política e ainda em torno de uma formação cultural política incipiente.
Quanto às razões que poderiam apontar para as causas que levam o Brasil a ficar atrás de países como Cabo Verde - como mencionado por Clóvis Rossi em que diz não concordar com o ranking em sua coluna na Folha -, não são citadas por sua coluna.
Contudo em se tratando do histórico democrático do País, podemos antever literalmente que realmente houve falhas em torno desse histórico. Principalmente na preocupação exagerada da mídia em torno da busca por uma neutralização ideológica, que contaminou as escolas e que atendia e ainda hoje atende convenientemente a interesses tanto políticos quanto econômicos, tendo em vista que o despertar de uma cultura política no ambiente didático estudantil poderia incomodar tanto políticos quanto os futuros patrões de crianças e jovens em idade escolar. Daí podemos então ter uma pequena pincelada sobre as razões para uma inculturação política moldada segundo os interesses da classe dominante do País que por sua vez afeta na percepção democrática do Brasil.
Não adianta portanto que colunistas 'cheios de razão', primem pela reivindicação do direito áureo de manifestarem sua indignação quanto às causas para a debilidade de nossa democracia. Vindo da Folha de S. Paulo então, chega a ter um viés asqueroso, dada à participação que é atribuída ao referido jornal durante a ditadura militar. Há relatos de que o jornal chegou ao ponto de emprestar carros de reportagem para torturadores do regime.
Ainda hoje mais do nunca, a imprensa de modo geral, procura por meio de matérias jornalísticas ou mesmo artigos providos dentre os mais conceituados formadores de opinião dos quais possui - onde se tem como pano de fundo, a corrupção -, em que procura estigmatizar a política, afastando as pessoas dela. Muita gente movida pela opinião desses veículos de imprensa, acredita que mantendo distância das discussões políticas, estariam assim preservando suas reputações de serem manchadas com algo tão 'impuro' quanto a política. Alienando-se consideram que assim podem ter a legitimidade de criticarem aqueles que se contaminaram com ela, mesmo que com isso venham a cometer o 'pecado da omissão'.
Contudo a infalibilidade católica também reivindicada pela imprensa a impede de reconhecer qualquer responsabilidade quanto ao desgaste ou imaturidade de nossa democracia. Mesmo tendo a maior parte dela, participado direta ou indiretamente com contribuições dadas aqui ou ali, ao regime discricionário vigente entre 1964 e 1985 no Brasil. Afinal um artigo sobre democracia publicado num 31 de março, remete a tentativas frágeis e infelizes da busca da eterna isenção de culpa, que por ventura esses veículos de imprensa venham a ter.
Comentários
Postar um comentário