O Supremo Tribunal Federal, mais uma vez marcou a história do país com mais uma decisão polêmica e por 8 votos favoráveis e 2 contrários e uma abstenção, foi aprovado o legítimo direito que os pais têm de interromper ou não, a gestação de fetos anencéfalos.
Por mais católico que eu seja, não posso ser hipócrita à ponto de impor - por uma convicção religiosa da comunhão da qual participo - um fardo como esse, à pessoas as quais não querem ou estão dispostas a assumir algo que nem mesmo o clero ou qualquer leigo da Igreja o faria no lugar delas ou mesmo, numa situação passional semelhante da parte deles.
Mas antes que eu seja excomungado, vamos às razões que o bom senso nos inspira a tomar partido contrário ao posicionamento da Igreja. Há alguns anos um veterano e conhecido padre e que participa frequentemente das mídias destinadas à católicos, escreveu um artigo numa revista ligada ao movimento da RCC (Renovação Carismática Católica), com título: "O Estado é laico? Graças a Deus. O Estado é laicista? Deus me livre". Nesse texto o referido padre, menciona que a Constituição Federal garante a liberdade de culto à todas as crenças religiosas no país - o que nesse ponto de vista a separação entre Igreja e Estado, representa algo benéfico. Por outro lado, ele argumenta em seu texto, que atitudes isoladas de pequenos grupos dentro do governo que pregam o laicismo como bandeira democrática, representam um risco para a sobrevivência inclusive dos próprios credos resguardados pela Constituição.
Pois bem, tomando como ponto de partida o pequeno resumo do artigo desse sacerdote católico, podemos entender que a Igreja de certa forma, requer para ela as garantias constitucionais, mas ao mesmo tempo procura monopolizar essas garantias apenas sob seu contexto. No caso dos anencéfalos, a Igreja se posiciona na defesa à vida (à qualquer custo) dentro de um discurso vazio e que não se sustenta. Tendo em vista que o próprio Cristo nos afirma que Ele é fonte de vida, e vida em plenitude e abundância. Como em do Nome D'ele podemos impor um fardo às pessoas que as quais não querem ou mesmo não possuem recursos para criar uma criança com uma anomalia tão séria? Nesse caso o Supremo acertou, e o Estado laico demonstrou sua eficiência, ao defender dentro dos princípios democráticos que "A saúde" de fato: "Se difunda sobre a Terra". Assim sendo a imposição passou a ser uma opção. Algo mais preciso e consensual com o livre arbítrio dado por Deus aos homens.
Ainda nesse gancho religioso gostaria de lembrar também um episódio ocorrido em minha casa e que teve minha mãe como protagonista: Certa vez duas senhoras ligadas à seita das 'Testemunhas de Jeová', questionaram minha mãe a possibilidade de sermos ou não, espírito ou mesmo o fato de possuirmos ou não, alma. Então uma delas argumentou que: Possuímos alma, isto é, 'temos alma; não somos alma', segundo a tese levantada por ela. E como sempre, eles citam o trecho do livro do Eclesiastes sobre que 'os mortos nada sabem; nada veem e nada ouvem', ao passo que Jesus responde aos Saduceus (que não acreditavam na ressurreição), que Deus ao se apresentar a Moisés, se declarou: "O Deus de Abraão; o Deus de Isaac e o Deus de Jacó", onde mais tarde ele acrescenta que "Deus não é Deus dos mortos, mas Deus do vivos".
Na pequena ilustração acima podemos afirmar também que o espírito vive depois da morte e que no caso de uma criança anencéfala, acredito que nem mesmo seu espírito ou alma ela possua ou venha a sê-lo, já que não tem personalidade e nem mesmo consegue controlar suas necessidades orgânicas mais básicas, como sentir fome ou mesmo, movimentos involuntários que as crianças recém-nascidas fazem, como espreguiçar ou bocejar. Atitudes que somente uma viva alma pode tomar. Assim sendo, nos parece a mais triste das manifestações vitais de um ser humano na Terra, e acredito que o Criador nunca impõe esse tipo de situação a quem quer que seja e muito menos o sentimento e o risco de uma mãe - que pode muito bem ser evitado - do impacto de dar à luz, a uma criança com vida pela metade ou na maioria dos casos, sem nem mesmo isso.
Certa vez, li um artigo de um respeitável blogueiro da grande mídia corporativa, onde ele menciona que a Igreja deveria se ater mais às questões espirituais e religiosas. Dentro desse contexto, concordo com nosso amigo, tendo em vista que a Igreja Católica tem se posicionado como no caso dos anencéfalos, muito mais sobre parâmetros científicos e deixado de lado, suas convicções de fé, dentro daquilo que nos orienta o Espírito Santo.
Mas antes que eu seja excomungado, vamos às razões que o bom senso nos inspira a tomar partido contrário ao posicionamento da Igreja. Há alguns anos um veterano e conhecido padre e que participa frequentemente das mídias destinadas à católicos, escreveu um artigo numa revista ligada ao movimento da RCC (Renovação Carismática Católica), com título: "O Estado é laico? Graças a Deus. O Estado é laicista? Deus me livre". Nesse texto o referido padre, menciona que a Constituição Federal garante a liberdade de culto à todas as crenças religiosas no país - o que nesse ponto de vista a separação entre Igreja e Estado, representa algo benéfico. Por outro lado, ele argumenta em seu texto, que atitudes isoladas de pequenos grupos dentro do governo que pregam o laicismo como bandeira democrática, representam um risco para a sobrevivência inclusive dos próprios credos resguardados pela Constituição.
Pois bem, tomando como ponto de partida o pequeno resumo do artigo desse sacerdote católico, podemos entender que a Igreja de certa forma, requer para ela as garantias constitucionais, mas ao mesmo tempo procura monopolizar essas garantias apenas sob seu contexto. No caso dos anencéfalos, a Igreja se posiciona na defesa à vida (à qualquer custo) dentro de um discurso vazio e que não se sustenta. Tendo em vista que o próprio Cristo nos afirma que Ele é fonte de vida, e vida em plenitude e abundância. Como em do Nome D'ele podemos impor um fardo às pessoas que as quais não querem ou mesmo não possuem recursos para criar uma criança com uma anomalia tão séria? Nesse caso o Supremo acertou, e o Estado laico demonstrou sua eficiência, ao defender dentro dos princípios democráticos que "A saúde" de fato: "Se difunda sobre a Terra". Assim sendo a imposição passou a ser uma opção. Algo mais preciso e consensual com o livre arbítrio dado por Deus aos homens.
Ainda nesse gancho religioso gostaria de lembrar também um episódio ocorrido em minha casa e que teve minha mãe como protagonista: Certa vez duas senhoras ligadas à seita das 'Testemunhas de Jeová', questionaram minha mãe a possibilidade de sermos ou não, espírito ou mesmo o fato de possuirmos ou não, alma. Então uma delas argumentou que: Possuímos alma, isto é, 'temos alma; não somos alma', segundo a tese levantada por ela. E como sempre, eles citam o trecho do livro do Eclesiastes sobre que 'os mortos nada sabem; nada veem e nada ouvem', ao passo que Jesus responde aos Saduceus (que não acreditavam na ressurreição), que Deus ao se apresentar a Moisés, se declarou: "O Deus de Abraão; o Deus de Isaac e o Deus de Jacó", onde mais tarde ele acrescenta que "Deus não é Deus dos mortos, mas Deus do vivos".
Na pequena ilustração acima podemos afirmar também que o espírito vive depois da morte e que no caso de uma criança anencéfala, acredito que nem mesmo seu espírito ou alma ela possua ou venha a sê-lo, já que não tem personalidade e nem mesmo consegue controlar suas necessidades orgânicas mais básicas, como sentir fome ou mesmo, movimentos involuntários que as crianças recém-nascidas fazem, como espreguiçar ou bocejar. Atitudes que somente uma viva alma pode tomar. Assim sendo, nos parece a mais triste das manifestações vitais de um ser humano na Terra, e acredito que o Criador nunca impõe esse tipo de situação a quem quer que seja e muito menos o sentimento e o risco de uma mãe - que pode muito bem ser evitado - do impacto de dar à luz, a uma criança com vida pela metade ou na maioria dos casos, sem nem mesmo isso.
Certa vez, li um artigo de um respeitável blogueiro da grande mídia corporativa, onde ele menciona que a Igreja deveria se ater mais às questões espirituais e religiosas. Dentro desse contexto, concordo com nosso amigo, tendo em vista que a Igreja Católica tem se posicionado como no caso dos anencéfalos, muito mais sobre parâmetros científicos e deixado de lado, suas convicções de fé, dentro daquilo que nos orienta o Espírito Santo.
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