Quando se menciona que as transações correntes do Brasil merecem atenção do governo, é o mesmo que afirmar que o tão propalado mercado (que se ajusta e se adéqua sozinho a todas as intempéries), tenha assumindo que tudo isso não passa de uma falácia.
Atribui-se a tudo em relação à situação delicada das contas externas brasileiras, onde a saída de dólares é muito superior que a entrada, os principais fatores enumerados pela grande imprensa corporativista brasileira que provoca o desarranjo nas contas externas do País, o constante aumento das viagens e gastos dos brasileiros no exterior, a queda nas exportações e o crescimento da importações (apontado como o resultado da política equivocada do governo do crescimento da economia ancorado no consumo) e entrando nessa conta também até mesmo os investimentos de empresas brasileiras no exterior.
Em meio a tudo isso, 2012 registrou um déficit de transações correntes de 2,6% sobre o PIB brasileiro, enquanto apenas no primeiros nove meses de 2013, o índice subiu para 3,6% e deve fechar o ano em torno de 4% do Produto Interno Bruto.
No entanto muito mais perigoso para o resultado das contas externas nacionais, sem dúvida, se dá pela excessiva remessa de lucros que as filiais de empresas estrangeiras instaladas no Brasil enviam para suas matrizes no exterior.
Isso nunca é ressaltado pelo meios de imprensa, que além de prejudicar sensivelmente as contas externas do País, são apontados como justificativa o baixo nível de competitividade do País, a elevada carga de impostos, levando essas empresas a praticarem uma margem de lucros altamente abusiva sobre os produtos fabricados no Brasil, enquanto que o mesmo produto se exportado, é vendido por metade do preço fora do País. É o caso dos automóveis produzidos no Brasil e exportados para o México; um modelo popular produzido e comercializado no Brasil, tem um valor 40% superior que o mesmo modelo exportado para o país latino-americano do hemisfério norte.
Portanto o principal fator responsável pela delicada situação brasileira em relação a suas contas externas, se dá na forma predatória de capitalismo praticado no País e que o qual no passado, foi objeto de acaloradas discussões e debates onde também, os poucos governantes que tentaram impor limites a tudo isso, simplesmente por uma razão ou outra, não terminaram seus mandatos.
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