Nos anos 1980, no auge da hiperinflação que beirava a casa do 80% ao mês (hoje 5,5% ao ano - só para comparação), havia muitas teses que tentavam explicar a razão do comportamento dos preços. Uma delas - e a principal delas - eram fatores co-relacionados à indexação de preços, dentre os quais, estavam os aumentos do salário mínimo e dos combustíveis. Este último, por sua vez, o principal influente na composição de preços ao consumidor final em relação aos custos de produção, mais essencialmente de 'fretes e carretos'.
O curioso é, que os combustíveis sempre eram os fatores que mais pesavam nessa composição de preços e dava poder de fogo ao 'dragão da inflação'. E isso era argumentado por conta de que o Brasil - assim como no resto do globo, sofreu duas crises do petróleo (a primeira em 1973 e segunda em 1979, em decorrência das pressões do cartel formado pela OPEP, sobre a cotação internacional do barril) - e assim, sofreu sérios baques e solavancos em suas economias, principalmente os emergentes, que tiveram suas situações pioradas à décima potência, em virtude de suas enormes e 'impagáveis', dívidas externas.
Com todas essas associações de fatores juntos, criou-se uma situação de plena dependência dos países de 3º mundo, inclusive o Brasil, que importava cerca de 70% do petróleo que consumia, e que buscava em alternativas renováveis como no PRÓ-ÁLCOOL, atenuar os danos à economia por conta da alta nas cotações internacionais do produto - o que mesmo assim, parecia insuficiente. Alegava-se de que enquanto o país não fosse auto-suficiente na produção e refino de pretróleo, não seria possível um controle nos preços mais consistente. Apesar de o fator petróleo ser apenas um deles, no desafio de controlar a inflação nos anos 80 e 90 do século passado.
Atualmente o Brasil vive uma situação totalmente inversa à vivida nos anos 80 e 90. Somos auto-suficientes em petróleo, mas ainda importamos produtos acabados, como combustíveis, já que nossa capacidade de refino ainda é deficitária e por conta de que os investimentos privados no área de refino, serem - ao que parece - desinteressantes ao setor petroquímico. O interesse maior parece ser na extração, do que no refino. E mesmo com dívida e inflação controladas, a cotação internacional parece ainda determinar a ciranda indexatória de preços - razão pela qual a nova presidente da Petrobrás, sinalizar que será preciso um reajuste, para cobrir os crescentes custos de exploração e produção de petróleo - o que por sua vez, pode se refletir nos índices de inflação deste ano.
Mais interessante ainda, se deve ao fato de sempre termos sido auto-suficientes na produção de muitas outras commodities como: carne, soja, minério... e ao contrário, do que poderia ser, nunca pudemos desfrutar das benesses das riquezas que nos pertecem. Pagamos muito caro, por aquilo que produzimos, assim como qualquer país que precise importar o que exportamos. Isto é, parecemos como aqueles que perseguem o final do arco-íris, na esperança de encontrar o pote de ouro. E o que temos, são as mãos calejadas de um povo, que trabalha mas quase nunca, consegue exergar direito, ou melhor, sentir o benefício do seu trabalho, que constrói nossa nação.
A esperança quimérica do 'saco sem fundos' da ambição dos megaespeculadores internacionais, agora é o Irã. Falcatruas promovidas para alavancar ainda mais a cotação do petróleo e fazer com que meia dúzia de pessoas lucrem com isso e assim - mesmo um país como o Brasil, que produz quase tudo de que necessita - continuar refém da determinação de preços das bolsas de mercadorias, mundo afora. Qual será o argumento daqui há 15 anos, quando o pré-sal estiver com sua produção à 'pleno vapor'?! Qual a solução para os consumidores? Fazer hedge para segurar os preços?
O curioso é, que os combustíveis sempre eram os fatores que mais pesavam nessa composição de preços e dava poder de fogo ao 'dragão da inflação'. E isso era argumentado por conta de que o Brasil - assim como no resto do globo, sofreu duas crises do petróleo (a primeira em 1973 e segunda em 1979, em decorrência das pressões do cartel formado pela OPEP, sobre a cotação internacional do barril) - e assim, sofreu sérios baques e solavancos em suas economias, principalmente os emergentes, que tiveram suas situações pioradas à décima potência, em virtude de suas enormes e 'impagáveis', dívidas externas.
Com todas essas associações de fatores juntos, criou-se uma situação de plena dependência dos países de 3º mundo, inclusive o Brasil, que importava cerca de 70% do petróleo que consumia, e que buscava em alternativas renováveis como no PRÓ-ÁLCOOL, atenuar os danos à economia por conta da alta nas cotações internacionais do produto - o que mesmo assim, parecia insuficiente. Alegava-se de que enquanto o país não fosse auto-suficiente na produção e refino de pretróleo, não seria possível um controle nos preços mais consistente. Apesar de o fator petróleo ser apenas um deles, no desafio de controlar a inflação nos anos 80 e 90 do século passado.
Atualmente o Brasil vive uma situação totalmente inversa à vivida nos anos 80 e 90. Somos auto-suficientes em petróleo, mas ainda importamos produtos acabados, como combustíveis, já que nossa capacidade de refino ainda é deficitária e por conta de que os investimentos privados no área de refino, serem - ao que parece - desinteressantes ao setor petroquímico. O interesse maior parece ser na extração, do que no refino. E mesmo com dívida e inflação controladas, a cotação internacional parece ainda determinar a ciranda indexatória de preços - razão pela qual a nova presidente da Petrobrás, sinalizar que será preciso um reajuste, para cobrir os crescentes custos de exploração e produção de petróleo - o que por sua vez, pode se refletir nos índices de inflação deste ano.
Mais interessante ainda, se deve ao fato de sempre termos sido auto-suficientes na produção de muitas outras commodities como: carne, soja, minério... e ao contrário, do que poderia ser, nunca pudemos desfrutar das benesses das riquezas que nos pertecem. Pagamos muito caro, por aquilo que produzimos, assim como qualquer país que precise importar o que exportamos. Isto é, parecemos como aqueles que perseguem o final do arco-íris, na esperança de encontrar o pote de ouro. E o que temos, são as mãos calejadas de um povo, que trabalha mas quase nunca, consegue exergar direito, ou melhor, sentir o benefício do seu trabalho, que constrói nossa nação.
A esperança quimérica do 'saco sem fundos' da ambição dos megaespeculadores internacionais, agora é o Irã. Falcatruas promovidas para alavancar ainda mais a cotação do petróleo e fazer com que meia dúzia de pessoas lucrem com isso e assim - mesmo um país como o Brasil, que produz quase tudo de que necessita - continuar refém da determinação de preços das bolsas de mercadorias, mundo afora. Qual será o argumento daqui há 15 anos, quando o pré-sal estiver com sua produção à 'pleno vapor'?! Qual a solução para os consumidores? Fazer hedge para segurar os preços?
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